[Resenha]: O Diário de um Banana do autor Jeff Kinney - Editora V&R

Autor: Jeff Kinney
Páginas: 224
Editora: V&R
Adicione: Skoob
Avaliação: 3/5






Sinopse: Não é fácil ser criança. E ninguém sabe disso melhor do que Greg Heffley, que se vê mergulhado no mundo do ensino fundamental, onde fracotes são obrigados a dividir os corredores com garotos mais altos, mais malvados e que já se barbeiam. Em Diário de um Banana, o autor e ilustrador Jeff Kinney nos apresenta um herói improvável. Como Greg diz em seu diário: Só não espere que seja todo “Querido Diário” isso, “Querido Diário” aquilo. Para nossa sorte, o que Greg Heffley diz que fará e o que ele realmente faz são duas coisas bem diferentes.




Vocês que estão me acompanhando aqui no blog já sabem que esse é o meu gênero preferido. Por isso estranhei um pouco essa leitura. Ela segue uma linha diferente do que estou acostumada a encontrar nos livros voltados para esse público. Ainda não sei dizer, mas acredito que a proposta do autor seja nos divertir com as estratégias criadas pelo personagem para sair das situações. Porque ele sempre tenta dar um jeito de conseguir o que quer e acaba dando tudo errado e ele termina encrencado na maior confusão.

Em “Diário de um Banana” iremos conhecer um menino chamado Greg. O enredo será narrado por ele através do seu diário. As folhas vão simular páginas de um caderno e o autor ilustrou todas elas, como se fosse uma história em quadrinhos dentro de um livro.

“Em primeiro lugar, quero esclarecer uma coisa: isto é um LIVRO DE MEMÓRIAS, não um diário. Eu sei o que diz na capa, mas, quando a mamãe saiu para comprar essa coisa, eu disse ESPECIFICAMENTE que queria um caderno sem a palavra “diário” escrita nele.”

Vamos acompanhá-lo durante todo o ano, desde o primeiro dia de aula. Ele entrou no sexto ano do ensino fundamental, é como se fosse um marco, agora as coisas são diferentes.

“Já falei para o Rowley pelo menos um bilhão de vezes que, agora que a gente está no sexto ano, você tem que dizer “dar um tempo”, não “brincar”. Mas não importa quantas vezes eu reclame, ele sempre se esquece na vez seguinte.”

Na escola tem os valentões. Meninos que são mais altos e mais fortes do que ele. Tem as meninas que são muito complicadas. Garotos como ele não têm nenhuma chance com elas. Elas só querem saber de Bryce Anderson o menino mais popular.

Em casa tem o drama de ser o irmão do meio, aquele que sofre. Algum de vocês já quis ter um irmão mais velho ou mais novo? Pense melhor, pois depois de conhecer os irmãos de Greg tenho certeza de que irão mudar de ideia. Rodrick, o mais velho, vive pregando peças nele e saindo impune. Manny é o príncipe da casa, por ser o caçula. É superprotegido pelos pais.

“Ontem, Manny desenhou um autorretrato com canetinha na porta do meu quarto. Achei que meus pais fossem realmente dar uma dura nele, mas, como sempre, eu estava errado.”

O pai vive pegando no pé dele. Com vocês acontece o mesmo? Ele não reconhece que Greg é muito bom no videogame, só quer saber de mandá-lo praticar algum esporte ou se exercitar. Aonde vocês acham que ele vai nessa hora? É claro que acaba na casa do melhor amigo Rowley.

Mas as coisas ficarão tensas entre eles. Até Rowley perceber que Greg não tem sido seu amigo de verdade. Amigos não fazem o que ele fez. E tudo piora. De repente Rowley é legal, tem outros amigos. E Greg está sozinho. E assim iremos ver Greg aprontando nas eleições para ser o tesoureiro da turma, na peça que a mãe o obrigou a participar, na noite de Halloween arruinada por seu irmão mais novo e no seu Natal em família.

Se eu pudesse resumir esse livro em uma frase seria: “É difícil ser criança”. Porque o que temos aqui é o universo de um garoto que tenta sobreviver ao ensino fundamental. O enredo é muito atual. Mas eu tive a impressão que o segredo do sucesso dessa série é a forma como ele é contado. É uma criança falando com outra criança. E as ilustrações em quadrinhos fizeram toda a diferença.

É uma criança mostrando o que acontece em casa: como o irmão mais velho o persegue, como o irmão mais novo atrapalha sua vida, como os pais não lhe entendem. Como ele descobriu que o castigo do pai é diferente do castigo da mãe, quando ele faz algo errado. Que na maioria das vezes a mãe tem a última palavra, então não adianta implorar para o pai. Os valentões da vizinhança, que estão sempre aprontando.

E mostra também o que acontece na escola e como é seu relacionamento com seu melhor amigo.

Mas Jeff Kinney criou um protagonista que não irá nos cativar. Greg tem atitudes que irão incomodar. Ele sempre enxerga uma maneira de tirar vantagem em tudo o que acontece só para ser mais popular e conseguir a atenção das meninas. E a forma como ele trata o amigo é horrível. Além de usá-lo como cobaia para seus planos e sempre se aproveitar dele, ele o coloca em enrascadas e o deixa sozinho para levar a culpa.

Assim passei o livro todo torcendo por um desfecho que não veio. Não há uma lição de moral no final, Greg não aprende nada. E isso é preocupante em um livro voltado para crianças. O que me consolou foi que nada dá certo para ele, Greg sempre se dá mal. Talvez, sutilmente, essa tenha sido a sua lição.

Há alguma mensagem no livro? Sim. Em relação ao assunto principal o autor deu o seu recado. Rowley foi ele mesmo do início ao fim, nunca tentou fazer nada para conquistar as pessoas. E como recompensa, todos passaram a gostar dele quando tiveram uma oportunidade para conhecê-lo. Ao contrário de Greg que perseguiu a popularidade a todo custo e sempre quis ser aceito. Mas isso só aconteceu quando ele se livrou da má influência de Greg.

Agora o que não podemos negar é que crianças do mundo inteiro estão lendo e gostando de ler por causa dessa série. Então eu recomendaria que os pais participassem da leitura de seus filhos.

Beijinhos.

Rafinha.



(Resenha da Colaboradora Rafaela Duarte)






Especial Dia das Crianças:





Crédito da Imagem




Acompanhem o Especial Dia das Crianças:

Abertura:

Resenha do Livro "O Menino Maluquinho" no Blog Cantinho Para Leitura

Resenha do Livro "25 Anos do Menino Maluquinho" no Blog Nas Tuas Páginas


Coluna Novidades Literárias:

Zahar Lança Mary Poppins e A Volta de Mary Poppins em Edições de Luxo

Lançamento do Livro Diário de Um Banana 13- Batalha Neval



Coluna Resenhas:

Resenha do Livro A Parte Que Falta no Blog Nas Tuas Páginas

Resenha do Livro A Parte Que Falta no Blog Cantinho Para Leitura

Resenha do Livro Diário de Um Banana Livro 1 Blog Nas Tuas Páginas

Resenha do Livro Diário de Um Banana Livro 1 Blog Cantinho para Leitura



Postar um comentário

Oi, Priscilla
Acho que Diário de um banana é um ótimo livro para quem está começando a ler por agora, principalmente as crianças claro. Pena que não tenha um desfecho, o que é frustrante.
Beijo
http://www.capitulotreze.com.br/

Esse livro é bem fofo tem uma história que com certeza vai agradar muito as crianças, só estranhei que você disse que o Greg não aprende nada e como você disse é preocupante já que é um livro voltado para criança, bjs.

Confesso que tenho muita curiosidade de ler a série diário de um banana, mas são tantos volumes que fico desanimado. Tenho uma dificuldade com séries. Mas que eles são interessantes, são sim!!!

Oiiiii,
é uma pena que ele não teve um desfecho, mas é com você disse muitas crianças estão adorando e aquelas que tão iniciando a leitura é ótimo

Eu nao li o livro mas já vi os filmes e sou completamente encantada com história. Eu vou tentar colocr a leitura deste livro em minha lista! Muito boa sua resenha.

Realmente essa série alcançou um grande sucesso com os leitores. Tenho muita curiosidade de ler. Acho que o autor foi bastante criativo e essa identificação das crianças talvez seja pelo fato do personagem não ser assim tão certinho, tem defeitos e qualidades.

Tenho visto muitas resenhas desse livro, nunca li porque não faz tanto meu estilo de leitura, mas vejo que cada vez mais ele tem conquistado os leitores e isso me deixa um pouco curiosa sobre ele.

Beijos!

Oi Rafinha, sua linda, tudo bem?
Eu sempre tive muitas expectativas com essa série pelo sucesso que ela faz. Então fiquei triste quando você falou que não traz nenhuma lição para as crianças e concordo com você, é preocupante quando elas são o público alvo. Talvez para crianças mais velhas que já tenham uma noção de certo e errado e como você mesmo sugeriu, com a presença dos pais, deve valer mesmo a pena. Gostei muito da sua sinceridade, sua resenha ficou ótima!!!
beijinhos.
cila.

[blogger][facebook]

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Tecnologia do Blogger.
Javascript DisablePlease Enable Javascript To See All Widget